Recentemente, publicamos um vídeo que viralizou. Ninguém menos que Tom Cavalcante o publicou em suas redes sociais. Recebemos diversas mensagens elogiando o conteúdo, dizendo que haviam recebido o vídeo em grupos de WhatsApp e no Facebook. Além disso, ele é atualmente exibido nas escolas de todo o País.
Clailton Luiz, CEO da Line Coaching, narrou a tradução do texto e produziu o vídeo. Já o artigo original foi redigido pela terapeuta americana Victoria Prooday, o qual pode ser lido na íntegra aqui. O texto narrado neste vídeo é uma tradução feita pelo médico psiquiatra Luis Rojas Marcos.
O tema do vídeo? “Uma tragédia silenciosa em nossas casas”.
Agora, perceba… Temos milhares de vídeos produzidos desde o início da Line Coaching. Muitos deles extremamente motivadores. Outros, lembram-nos sobre o sentido da vida. Há ainda aqueles que nos inspiram a ser melhores. E, claro, muitos conteúdos relevantes sobre carreira, autoconhecimento e empreendedorismo (modéstia à parte)!
Mas sabe o que é mais intrigante? Foi viralizar justamente um que fala sobre “uma tragédia silenciosa em nossas casas”.
Podemos interpretar que o ser humano, de fato, foca naquilo que é ruim, em detrimento daquilo que é bom. Diz o provérbio português que “notícia ruim corre depressa”. Mas eu vou um pouco além. Eu penso que esse vídeo viralizou pela verdade que ele carrega. Ele foi compartilhado porque traduziu sentimentos. Ele retrata uma verdade e, mais, estimula o espectador a fazer algo a respeito disso. E ele faz: muda sua forma de lidar com os filhos e compartilha com alguém que ama.
O vídeo mostra estatísticas alarmantes sobre o bem mais precioso de todos os pais: seus filhos. Os dados denunciam o aumento em taxas de TDAH, depressão, suicídio.
E, ainda, elenca uma série de fatores que causam tudo isso, como a ausência de elementos básicos como: pais emocionalmente disponíveis, limites claramente definidos, responsabilidades, nutrição equilibrada, sono adequado, interação social e, até mesmo, tédio. Tudo isso como uma consequência de pais digitalmente distraídos e permissivos.
Aliás, se você conhece alguém que tem filho adolescente, já deve ter percebido que a criação deles é (muito) diferente daquela que foi praticada com seus pais. Verdadeiramente, muitos deles preferem os amigos virtuais aos reais. Preferem um computador a praticar esportes. Escolhem virar a noite de sábado sozinhos, entretendo-se na internet, e dormir enquanto sua família está acordada, reunida para o almoço de domingo.
Ninguém se agrada ao se deparar com isso. E o pior é que parece ser um ciclo vicioso, pois quanto mais permissivos ficam os pais, menos controlam os filhos; e quanto menos controlam os filhos, mais permissivos aceitam ficar. Evitam conflitos. A todo custo preferem não desagradar aquele que, antes de tudo, deveria respeitar os pais que (ainda) tem.
A razão de tanta passividade muitas vezes está relacionada ao sentimento de culpa amargado pelos pais que trabalham muito e brincam pouco. Na tentativa de amenizar o aborrecimento dos filhos, tentam suprir a ausência com a aquisição de jogos, aparelhos eletrônicos ou o brinquedo da moda. E, para evitar mais frustração, autorizam caprichos e delegam à vida a tarefa de ensinar a importância da disciplina e da autorresponsabilidade.
E o que eles poderiam fazer de diferente? Além do óbvio, que é praticar o contrário de tudo isso, os pais devem se lembrar que são o “capitão do navio”, até mesmo porque isso transmite segurança às crianças, sem medo de dizer “não” aos filhos se o que ele quer, não é o que ele precisa.
Mas isso não é tudo. Prepare-se agora para um verdadeiro paradoxo: as recomendações mais simples e poderosas que você pode adotar, no modo como lida com seus filhos:
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- Fornecer comida nutritiva,
- Passear ao ar livre,
- Jantar longe do celular,
- Brincar com os filhos em jogos de tabuleiro,
- Envolvê-los em tarefas domésticas compatíveis com sua idade,
- Estimular uma rotina de sono,
- Ensinar responsabilidade e independência,
- Livrá-los de sua superproteção (eles têm muito a aprender com os erros e desafios),
- Ensiná-los a pescar em vez de dar o peixe,
- Permiti-los esperar,
- Deixar que experimentem o tédio (em vez de suprir isso emprestando seu celular),
- Ensinar habilidades socioemocionais para que se tornem pessoas e profissionais melhores,
- Agir como um treinador dos seus filhos,
- Ensiná-los a serem educados, a compartilhar, reconhecer erros, agradecer, pedir desculpas e ser um modelo para ele em relação a isso,
- Conectar-se emocionalmente: sorrir, brincar, pular e fazer cócegas!
Incrível, não é?
Se você leu atentamente deve ter se surpreendido ao se dar conta de que tudo que está ali descrito pode (e deve) ser facilmente cultivado na vida de qualquer pai ou mãe. Não custa dinheiro, mas é preciso investir tempo.
É um investimento de longo prazo, embora os primeiros resultados possam ser experimentados logo no primeiro dia. E, como se não bastasse, esse investimento tem retorno garantido. Experimente hoje mesmo e comprove, seu filho vai lhe agradecer!
João Lucas Cortez.
Confira abaixo o vídeo que viralizou:
Saiba como se tornar o treinador da sua família.
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