É muito comum ver entre os empresários um certo orgulho ao afirmar que, sem eles, a empresa não vai para a frente. Entenda agora como isso pode custar a sua vida!
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Você já sentiu esse “orgulho insano”?
Houve uma época em que eu tive um orgulho (que hoje eu chamo hoje de “orgulho insano”) de dizer aos meus colegas empresários que se eu saísse da minha empresa para pegar 10 dias de férias, a minha empresa não iria conseguir sobreviver.
Eu dizia com orgulho que tudo depende de mim: colaboradores dependem de mim, os clientes dependem de mim, para as coisas funcionarem eu preciso estar presente, enfim, eu “enchia a boca” para dizer que a minha empresa não pode existir sem mim. Como diria o Batoré, eu pensava que “era bonito ser feio”.
E era engraçado que a gente ficava numa mesa disputando quem tinha a empresa mais dependente de si. De modo que era impossível, inadmissível, imaginar tirar 30 dias de férias. Eu passava às vezes 2 ou 3 dias longe da empresa e tinha ainda a consciência pesada por causa disso!
Não sei se isso já aconteceu com você, empresário, sentir-se mal por estar curtindo ou descansando longe da sua empresa…
Eu ficava sempre alerta com meu celular ligado, toda hora apreensivo, ligava para os colaboradores para perguntar se estava tudo certo – isso porque estamos falando de apenas 2 ou 3 dias afastado, imagine agora se fossem 30 dias de férias! Isso, meus amigos, nada mais é do que o retrato de uma empresa na infância.
A verdade é que, naquela época, eu jamais poderia imaginar tirar sequer 10 dias de férias. Aliás, cheguei ao ponto de olhar nas redes sociais e ter inveja dos meus colaboradores ao vê-los curtindo uma praia no domingo, enquanto eu trabalhava.
Empresa e empresário: quem é o dono de quem?
Eu cheguei a pensar que a minha vida de empregado era muito melhor do que a que eu tinha enquanto empresário. Acabei me tornando um escravo do meu negócio, e não dono de negócio. E você, que é dono de empresa, precisa entender o seguinte: você é mais importante do que o seu negócio, não se permita, não admita, não aceite, em nenhum momento você perder a sua vida por causa do seu negócio.
Jamais deixe de valorizar o seu tempo, a sua família, a sua vida em razão da sua empresa, uma vez que ela deve existir para você, e não o contrário. Sua empresa precisa permitir que você tire suas férias, que você viaje, que você conheça os lugares que sempre quis conhecer. A sua empresa precisa pagar os seus sonhos!
E para que isso aconteça você precisa transformar a sua empresa em um protótipo (modelo) de negócio que funcione sem a sua presença constante. Caso contrário, sua vida estará comprometida e você estará ” ferrado”. que se for o caso, prepare-se para “morrer no palco”, como diz a Fernanda Montenegro. Mas no caso do ator, tudo bem, realmente o seu trabalho depende de sua presença, mas você não é um ator, você é dono de uma empresa e não, obrigatoriamente, deveria atuar no palco.
Na verdade, tudo o que você fizer em sua empresa, deve ser visando chegar e se manter no nível estratégico do negócio, trabalhando sempre pelo sucesso da empresa e não, fisicamente, na empresa (no setor operacional). Há uma enorme diferença!
Portanto, nessa analogia você poderia ser o dono do teatro ou, então, aquele que contrata os atores. O fato é: não adianta você ser o dono do teatro e ser também um ator insubstituível para o sucesso da peça. Aí realmente é impossível mesmo tirar férias, afinal sem esse ator a peça estaria fadada ao fracasso.
Seja o dono do teatro!
Lembre-se disso, não seja o ator da sua peça, seja o dono do teatro, para você poder viajar e a peça continua sendo encenada, uma vez que os atores, com um roteiro em mãos e papéis bem definidos, podem tranquilamente executar as apresentações teatrais. Guarde essa analogia com você, ok?
E crie um protótipo de negócios para que você possa fazer coisas que você sempre sonhou enquanto era empregado.
Um forte abraço!
Clailton Luiz.
Baixe aqui um ROADMAP com todas as etapas que você precisa percorrer para obter um modelo de negócio que funcione mesmo sem a sua presença constante.