O que é o Balanced Scorecard (BSC)?
O porquê usar indicadores balanceados? Esta metodologia pressupõe que a escolha dos indicadores para a gestão seja voltada para resultados e não deve se restringir apenas a informações econômicas ou financeiras. Assim como não é possível realizar um vôo seguro baseando-se apenas em um ou dois instrumentos no painel de um avião, indicadores financeiros não são suficientes para garantir que a empresa está caminhando na direção correta. Da mesma forma para com o desenvolvimento e satisfação com a vida, da própria felicidade.
BSC – Balanced Scorecard – é uma sigla que, traduzida, significa Indicadores Balanceados de Desempenho. Este é o nome de uma metodologia voltada à gestão estratégica das empresas, e pode ser adaptada para o desenvolvimento pessoal.
O que não é o BSC (ou os 5 equívocos do BSC)…
O BSC não é:
1 – Um novo sistema de indicadores financeiros;
2 – Um sistema automático de informações;
3 – Um sistema de gestão operacional;
4 – Um formulador de estratégias;
5 – Um projeto único e isolado na empresa.
É uma estrutura desenvolvida inicialmente pelo Dr. Robert Kaplan e pelo Dr. David Norton no início dos anos 90, que incorpora uma série de metas de negócios financeiros e não financeiros para monitorar o progresso em direção à agenda de negócios de uma empresa, que tem por propósito motivar melhorias nas diferentes áreas de uma empresa ou na vida de uma pessoa.
É necessário monitorar, juntamente com resultados econômico-financeiros no caso de empresas, o desempenho de mercado junto aos clientes, desempenho dos processos internos e pessoas, inovações e tecnologia. Isto porque o somatório das pessoas, tecnologias, inovações, se bem aplicada aos processos internos das empresas, alavancarão o desempenho esperado no mercado junto aos clientes e trarão à empresa os resultados financeiros esperados. Isto é o que se chama de criar valor com ativos intangíveis.
BSC portanto, a partir de uma visão integrada no âmbito empresarial, permite descrever a estratégia de forma clara, através de objetivos estratégicos em 4 perspectivas: financeira, mercadológica, processos internos e aprendizado & inovação; sendo todos eles relacionados entre si através de uma relação de causa e efeito.
Além disso, o BSC promove o alinhamento dos objetivos estratégicos com indicadores de desempenho, metas e planos de ação. Desta maneira, é possível gerenciar a estratégia de forma integrada e garantir que os esforços da organização estejam direcionados para a estratégia.
Desta forma, a migração do BSC para a vida pessoal, na ação de melhoria de resultados pessoais e de qualidade de vida, e até mesmo na felicidade se faz possível e até indicada, para mais facilmente conquistar estes objetivos.
Uma orientação para a integridade e felicidade pessoal
Esta ferramenta tem a finalidade de ajudar a converter estratégias organizacionais em desenvolvimento pessoal e planos de melhoria. É um guia prático que ajudará a transformar missões em ações.
Este novo conceito de gestão orientada para o indivíduo (holística), que recebe o nome de Balanced Scorecard Pessoal (BSCP) cria condições para que seja desenvolvido o processo gradual de crescimento pessoal e de felicidade. É também um método de autotreino que auxilia no autodomínio, da auto-responsabilidade, entendimento e expansão dos horizontes existenciais e de relacionamentos. Em outras palavras, qualidade de vida e felicidade.
Sempre em algum momento da vida as pessoas param para sua própria revisão de vida, e a grande maioria o faz no final de ano.
Nestas ocasiões, muitas pessoas fazem uma autorreflexão; revisando e avaliando suas vidas, seus empregos, suas relações e sua felicidade, e consideram as mudanças e conquistas que gostariam de ter nesta nova fase da vida ou neste novo ano. Muitos escrevem um lista de resoluções para o novo ano em dezembro e em janeiro é provável que já se esqueceram ou sequer planejaram como farão para isto se tornar realidade. Outros podem apenas consultar seu calendário, agendas ou extratos bancários para revisar o progresso do ano. E um terceiro grupo pode usar apenas o método de verificação interna, apenas emocional: como me sinto em relação ao ano que passou? (ou fase da vida que finalizou)
Mas nenhum desses métodos parece permitir uma reflexão quantitativa e qualitativa no ano inteiro de uma forma que informasse prioridades e metas de forma organizada e planejada para resultados reais. Seria válido considerar uma planilha com espaço certo para o presente e curto prazo, e ainda para situações futuras, de médio e longo prazos, no que se refere a:
– Finanças
– Saúde
– Carreira profissional
– Vida pessoal (relacionamentos, desenvolvimento pessoal, felicidade, lazer, etc)
Elencados por categoria, prioridades estratégicas, alvos, situação atual, ações necessárias, em quantas subdivisões forem necessárias.
A sugestão é a adaptação dessa ferramenta para uso pessoal e usá-la semestralmente para fazer o check-in e redirecionar suas ações em quatro setores: saúde financeira, saúde física, carreira e realização profissional e vida pessoal/relacionamentos pessoais. A abordagem é similar a da ferramenta de gerenciamento de desempenho BSC – Balanced Scorecard.
A combinação de dados coletados e a estrutura do relatório enfoca o usuário na identificação não apenas das prioridades estratégicas, mas também das metas e atividades específicas para alcançar essas metas.
Uma base semestral é mais útil do que anual, pois encorajava a observação no progresso em intervalos que possibilitam reajustes e mudanças antes do encerramento do ciclo de tempo de um ano ano. Possibilita também refinar e orientar ações específicas para alvos mais importantes porém com a ressalva de que nem tudo que importa pode ser medido (o oposto também é verdade: nem tudo que pode ser medido, realmente importa).
Certamente não é perfeito porém o processo de escolher as categorias, alvos e ações me orientam para aquilo que desejamos e priorizamos; o processo de avaliação é quase um resultado secundário.
Importa é que passamos a ter noção de equilíbrio entre vida pessoal e profissional e propósitos claros e estabelecidos.
A Metáfora do Balanced Scorecard Pessoal
O PBSC usa uma metáfora análoga à metodologia corporativa Balanced Scorecard (BSC) para organizações desenvolvidas por Kaplan e Norton.
No BSC o argumento é que a fim de saber como uma empresa está performando (e como irá se ser no futuro), não basta que uma empresa simplesmente relate as medidas financeiras. Em vez disso, para gerenciar o desempenho, uma empresa deve informar sobre uma ampla gama de medidas relevantes – incluindo medidas sobre interação e satisfação do cliente, aprendizado e crescimento, e processos internos entre outras.
Outras áreas de foco também podem ser introduzidas, por exemplo, sustentabilidade ambiental, responsabilidade social corporativa e imagem pública.
Essas medidas e objetivos podem então estar relacionados entre si em uma espécie de hierarquia tipicamente exibida em um “mapa estratégico” que resume os objetivos, como eles devem ser alcançados e as relações entre os diferentes objetivos.
Esta é uma sugestão para elaborar estratégias de desenvolvimento pessoal, mas, se a questão for como aplicar isso em sua empresa, criando sistemas facilitadores para a gestão do seu negócio da maneira certa poderá levar algum tempo, mas os resultados finais são “uma mudança de vida” para você e sua empresa, e são a base para o seu crescimento empresarial.
Para fazer uma gestão mais fácil do seu negócio, consolidado através de controles e sistemas , e tornar a sua empresa em um mecanismo mais rentável e fácil de administrar, é preciso dedicação e estudos, além de testar e avaliar. Isso custa tempo e dinheiro.
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