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Parte 6 – Começa a 2ª Guerra Mundial

 Assista aqui a 6ª parte do documentário.  

Leia AQUI a 5ª parte desse artigo.

No dia 7 de dezembro de 1941, em pleno domingo de manhã, os japoneses bombardeiam Pearl Harbor, no estado americano do Havaí, causando mais de 2.400 mortos e sérios danos materiais, como reação, os Estados Unidos são arrastados para a 2ª Guerra Mundial.

A nação estava em estado de quase pânico generalizado. Como seria o dia de amanhã?

Os americanos sentaram-se colados aos seus aparelhos de rádio para ouvir as notícias. Haveria mais bombardeios? A Califórnia estaria segura?

Então, numa noite, o telefone de Walt tocou.

Era o gerente dos estúdios dele. Disse que o exército americano estava se dirigindo ao estúdio.

Horas depois, cerca de 700 soldados haviam, de fato, tomado os estúdios da Disney. Seu objetivo era proteger a fábrica de aviões da Lockheed – uma instalação que era vital para a segurança do país, e ficava muito próximo dos estúdios. No dia seguinte, o presidente Franklin Roosevelt declara guerra.

Pelos oito meses seguintes, até que outras provisões pudessem ser feitas, os soldados comeriam, treinariam e morariam nos estúdios de Walt.

Na época, Walt estava trabalhando em “Bambi” – e começando outros projetos, incluindo “Peter Pan” e “Alice no País das Maravilhas”. Ele parou quase todos os trabalhos, exceto “Bambi”, que foi lançado em 21 de agosto de 1942.

Em vez de contos de fadas, o estúdio de Walt passa a fazer dezenas de filmes para os militares.

O mais notável foi “O novo espírito”, um desenho animado com o Pato Donald, destinado a convencer os americanos a pagar os impostos. Sessenta milhões de pessoas viram o filme.

Outros cartuns foram contratados pelo governo, “combinando propaganda com entretenimento”, e embora os contratos com o governo ajudassem no faturamento, não foram suficientes para pagar as despesas da gigante estrutura montada até então.

Depois da guerra, em 1945, o estúdio estava profundamente endividado.

Walt queria tentar novos projetos ousados, mas Roy queria ser mais cauteloso. Os dois discutiam com frequência, mas nada parecia dar certo nesse tempo. Walt tentou voltar às origens e se basear em contos americanos em vez de contos europeus, e criou um filme chamado “O som do Sul”.

O filme ainda hoje é uma espécie de “vergonha” para Disney, por ter sido acusado de racismo. Parte da crítica vem do fato de ele se passar no Sul dos Estados Unidos após a guerra de secessão e mostrar uma série de ex-escravos, vivendo felizes e alegres na fazenda de seus antigos senhores. O custo de produção do filme, foi de US$ 2 milhões, gerando apenas um lucro de US $ 226 mil. Um novo desastre.

“Pinóquio”, “Fantasia”, “Bambi” e “Dumbo” são apresentados na Europa, mas nenhuma receita está vindo devido à economia danificada dos países no pós-guerra.

Roy pede que Walt corte gastos e pessoal, mas Walt se recusa. Em 1946, a dívida da empresa sobe para US $ 4,3 milhões.

O trabalho em “Mickey e o pé de feijão”, interrompido devido à guerra, é retomado.

Ele é combinado com outro desenho animado e lançado com o título “Como é bom se divertir”. Em 1947 é a última vez que a voz do Mickey Mouse é gravada por Walt, desde a criação do personagem. Um trabalhador de efeitos sonoros se torna a voz do Mickey Mouse.

Em 1947 Walt Disney inova ao fazer documentários da natureza.

Ele decide que o Alasca deve ser filmado e, em seguida, faz um tour de avião. O vôo quase foi trágico devido a nuvens pesadas e nenhum contato de rádio para pousar. Depois de circular por 2 horas, o avião pousa com segurança.

Walt, depois de revisar as gravações no Alasca, sugere um documentário baseado na vida dos animais.

Quando Walt enviou uma equipe de cineastas para o Alasca, os funcionários ficaram perplexos. E quando viram a filmagem interminável de focas que pareciam encantar Walt, ficaram ainda mais confusos. “Você nunca viu nada tão chato em toda a sua vida”, disse um deles.

Mas onde os outros viram quilômetros de focas entediantes, Walt viu ouro.

Ele acrescentou música, escrita inteligente, algumas piadas e edição sólida, e então, as criaturas se tornam as estrelas de “Seal Island”, o primeiro documentário de vida animal de Walt.

Mas Walt não era um empreendedor a ser pego no marasmo por muito tempo. “Vamos fazer qualquer coisa para conseguir alguma ação”, dizia ele.

Nada acontece até que você se mova, já dizia Albert Einstein.

E a ação que ele conseguiu, ao fazer o estúdio trabalhar em filmes de ação e aventura, com atores reais, seriam 13 filmes “Live Action” entre 1948 e 1960 – oito ganharam o Oscar.

“Atores são ótimos”, Walt uma vez provocou seus animadores. “Você dá a eles as falas, eles ensaiam algumas vezes, e você tem isso no filme – está terminado. Vocês levam seis meses para desenhar uma cena”.

Sem dúvida, Walt foi atraído por filmes com atores reais desde o começo. Embora seu distribuidor tenha tentado desencorajar a mudança, eles não tiveram sucesso.

E Walt provou ser também competente nesse novo campo.

Sua primeira grande produção, “A ilha do tesouro” – foi filmado na Inglaterra e permitiu que Walt e sua família fizessem uma viagem memorável até lá – onde mostrou que as mesmas habilidades que o tornaram um virtuoso empreendedor no mundo da animação se aplicavam também a estrelas da vida real.

Seu incrível senso de descobrir boas histórias, atenção aos detalhes e disposição para buscar a perfeição também foram chaves para o sucesso nesse campo e em qualquer tipo de empreendimento que focasse sua atenção.

Leia AQUI, a 7ª parte desse artigo.

Assista o documentário completo.

 

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